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Educação Profissional

de Jovens e Adultos

Conceitos Básicos

Origem. Et. Do latim educatĭo, ōnis "ação de criar, de nutrir; orientar, conduzir" + professĭo, -ōnis+al "quem professa, declara, ensina; mister" + juvĕnis, "novo, recente" + adultus, "crescido". Sugere-se, assim, a noção de "guiar" quem não é mais criança "para que se torne mestre no ofício".

Definição

É a integração de duas modalidades educacionais: a Educação Profissional (EP) e a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Isto significa um processo único e indissociável de formação profissional, acadêmica e cidadã, firmado no trabalho como princípio pedagógico e voltado à formação integral da população trabalhadora jovem, adulta e idosa que está marginalizada do processo de escolarização e do mercado de trabalho. ​

 

A finalidade dessa modalidade, além da elevação da escolaridade e da qualificação profissional, é a inclusão e o permanente desenvolvimento na vida social e no mundo do trabalho daqueles e daquelas que não concluíram a educação básica. Por meio de uma formação profissional que viabiliza a compreensão do mundo, a compreensão de si no mundo e da própria atuação nele, a modalidade busca construir a autonomia e a emancipação de seus e de suas estudantes para que produzam a melhoria das próprias condições de vida e os meios para a construção de uma sociedade mais justa. ​

O público dessa modalidade é marcadamente heterogêneo em relação às faixas-etárias, aos tempos de aprendizagem, às expectativas e experiências de vida, mas tem em comum as histórias de abandono e exclusão escolar, geralmente coincidindo com situações de vulnerabilidade social e discriminação. Tais características exigem uma metodologia diferenciada e uma organização pedagógica que atenda a realidade dos alunos e das alunas, acolhendo e valorizando as histórias e os saberes trazidos por eles e por elas.  ​

Apesar de ser difícil precisar quando surgiu a modalidade, sabe-se que a educação profissional formal de jovens e adultos não escolarizados remonta ao período colonial brasileiro, nos tempos da chegada da família real ao país, quando trabalhadores foram escolarizados para servirem como serviçais da corte e cumprirem tarefas exigidas pelo Estado. Contudo, foi apenas na década de 1940, com a crescente industrialização brasileira e a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), que a educação de adultos não escolarizados vinculou-se efetivamente à educação profissional. E, nesse sentido, somente em 2003, de modo expressivo e enquanto política de Estado, foi estabelecida a educação profissional voltada para jovens e adultos não escolarizados no período regular, quando o governo criou projetos e programas como o PROEJA (Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica, na Modalidade de Jovens e Adultos).

Referências Bibliográficas

BRASIL. Decreto nº 5.840 de 13 de julho de 2006. Institui, no âmbito federal, o PROEJA. Diário Oficial da União: Brasília, 14 de julho de 2006. 

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. PROEJA, (Programação Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos) Documento Base. Brasília, 2007.

MOURA, D. H; HENRIQUE, A. L. S. PROEJA: entre desafios e possibilidades. Ano 20, Vol. 2. Natal: Holos, 2012, p. 114-129.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação e Trabalho. Educação profissional integrada à educação de jovens e adultos: PROEJA. Curitiba: SEED/PR, 2010.

VIEIRA, M. C. Fundamentos históricos, políticos e sociais da educação de jovens e adultos – Volume I: aspectos históricos da educação de jovens e adultos no Brasil. Universidade de Brasília, Brasília, 2004.

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