top of page
Educação Profissional
Inclusiva
Conceitos Básicos
Origem. Et. Do latim educatĭo, ōnis "ação de criar, de nutrir; orientar, conduzir" + professĭo, -ōnis/al "quem professa, declara, ensina; mister" + in, claudere, inclusĭo "entrar no que é fechado, inserir", sugerindo a noção de "orientar quem está de fora a se tornar mestre no ofício". A Educação Inclusiva ganha expressividade mundial na segunda metade do século XX.
Definição
É um imperativo educacional que se estabelece diante da constatação da existência de um grupo expressivo, amplo e heterogêneo de pessoas arredadas da escola, abandonadas nos percursos educacionais e excluídas do mundo do trabalho por possuírem características socialmente consideradas desviantes e, consequentemente, apresentarem necessidades específicas para o convívio, a aprendizagem e a atuação profissional. Em outras palavras, trata-se da ação política de democratização das possibilidades de acesso, permanência e êxito nos processos da educação profissional, formal e regular, voltada especialmente para pessoas comumente excluídas por apresentarem necessidades específicas diante de seus contextos de limitações (temporárias ou permanentes), doenças, síndromes, deficiências (físicas, visuais, auditivas, intelectuais), transtornos (específicos e globais do desenvolvimento) ou altas habilidades.
A Educação Profissional Inclusiva não apenas exige um espaço escolar com condições físicas e arquitetônicas capazes de receber a todos e todas, requer também um ambiente educacional com a cultura da acolhida das diferenças, praticante da ética do cuidado, rompedor de barreiras comunicacionais, crítico às práticas excludentes que tentem se configurar em seu interior. Nesse sentido, necessita de um sistema pedagógico com condições de organizar respostas educativas diversificadas para atender às demandas de aprendizagem de todas alunas e alunos, principalmente, daqueles e daquelas com alguma deficiência.
Para ter condições de oferecer respostas educativas variadas e atender discentes com necessidades específicas, é primordial que se garanta a formação docente nessa área de atuação. Sem tal formação, o trabalho educacional inclusivo enfrenta a precariedade, pois fica dependente da sensibilidade pessoal e da sobrecarga de trabalho de alguns que se desdobram para responder às necessidades, ao mesmo tempo que enfrenta a negligência e a falta de envolvimento de outros que não sabem o que fazer. A partir da formação de professores e professoras, as estratégias que favorecem a inclusão na educação profissional são: a construção de um projeto pedagógico coletivo, as adaptações (ou adequações) curriculares, a elaboração e utilização de tecnologias assistivas, a organização flexível das atividades pedagógicas e as atitudes positivas da comunidade educacional.
Por ser parte de um movimento social mais amplo que reivindica maior igualdade entre os cidadãos e as cidadãs, superação das discriminações e o reconhecimento da diversidade social, a Educação Profissional Inclusiva atua para que também os entes empregadores realizem adaptações razoáveis às necessidades específicas dos trabalhadores e trabalhadoras com deficiência. Faz parte da Educação Profissional Inclusiva a orientação da comunidade escolar acerca dos direitos das pessoas com deficiência e de como podem fazê-los valer diante das barreiras à educação e à empregabilidade.
Palavras relacionadas:
NAPNE
Inclusão
Tecnologias Assistivas
Adaptação Curricular
Para saber mais:
A prática docente da educação profissional na perspectiva da inclusão
Tecnologias Assistivas
NBR 9050
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Educação inclusiva: direito à diversidade. Brasília: MEC, 2005.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Brasília: MTE, SIT, 2007.
NASCIMENTO, F. C.; FLORINDO, G. M. F.; SILVA, N. S (orgs.). Educação profissional e tecnológica inclusiva: um caminho em construção. Brasília : Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília, 2013.
MARCHESI, Á. Da linguagem da deficiência às escolas inclusivas. In: COLL, C., MARCHESI, Á.; PALACIOS, J. (Org.). Desenvolvimento psicológico e educação: transtornos do desenvolvimento e necessidades educativas especiais, 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004a. v.3, p. 15-30.
bottom of page